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Um Novo Jeito de Ver TV

No ano passado, quando ressurgi das cinzas no blog falando de um novo vício por canais de Youtube, não imaginei o crescimento disso na minha vida e no entretenimento de uma forma geral. Hoje em dia, com a vida tão corrida e com a possibilidade de assistirmos o que quisermos, na hora que quisermos, a popularidade da televisão está caindo cada vez mais. Sinto que ela está deixando de ser o mais influente veículo de comunicação de massa e dando espaço para novos caminhos a serem traçados pela internet.



Lembro que quando era pequena e morava em Cabo Frio eu tinha que esperar um filme ser lançado nos Estados Unidos, depois nas capitais do Brasil, para aí, quem sabe, passar no cinema de lá. E era isso! Tinha que esperar, não tinha jeito! Atualmente, pensando no universo das séries de TV, você consegue se imaginar louco para ver o próximo episódio e esperando vir para o Brasil, ser traduzido, dublado, para aí sim ir para a TV? Impossível! Se começamos a ver uma série tempos depois dela ter sido lançada, temos a possibilidade real de assistirmos todos os episódios da temporada em pouquíssimos dias, se quisermos. Não precisamos esperar!


Outra coisa que eu vejo que mudou drasticamente foram os nossos ídolos. Antigamente, eu ficava lá louca para ver aquele pessoal da "Malhação" no teatro de Cabo Frio. Chegava linda com meu caderninho inútil de autógrafos e rezava para eles terem um estalo e me chamarem para ser amiga deles. Hoje em dia, não precisamos ser atores e nem que um diretor diga "Sim" depois de um teste concorrido para conquistarmos a fama e o sucesso. O ídolo pode ser você, sem nem sair de casa. Obviamente, já tinha reparado isso diante de tantos casos de sucesso aqui no Brasil. Mas outro evento me fez refletir mais sobre isso.


No post sobre vlogs, eu conto para vocês que o meu favorito é o Daily Bumps, com Bryan, Missy, Ollie e Finn, uma família normal da Califórnia, que começou a documentar sua vida para mostrar a luta para conseguir engravidar depois dela ter tido dois abortos. O canal, assim como o de outros famosos com histórias parecidas, cresceu e eles viraram verdadeiros ídolos dos seus mais de um milhão de seguidores. Na última semana, Bryan, que também canta, lançou o seu EP "Like a Lion" em uma festa cheia dos amigos youtubers, no Youtube Space, em Los Angeles. Como ele obviamente documentou tudo, pudemos ver a fila enorme de fãs enlouquecidas esperando para entrar, gritando desesperadas quando passava um membro da família, ou surtando de amores quando viam os filhos dele. Além disso, o EP dele ficou em primeiro lugar no iTunes dos EUA, passando na frente de Adele, que estava com os pés mais fincados que âncora naquela posição há semanas. E foi aí que me dei conta do poder surreal da internet nos dias atuais! Bryan Lanning não precisou ser aprovado por um cara específico que ia julgar se ele ia ou não fazer sucesso, ele não precisou de um contrato com uma super gravadora para estar em 1º lugar, não precisou de um diretor e de um produtor para transformar a vida dele em um show, um programa de tv, uma novela que eu, linda, assisto diariamente. Ele foi lá e fez! Assim como você pode um dia fazer, se quiser.



Os youtubers passaram a fazer parte da lista de pessoas mais influentes entre os jovens, que antes era composta só por cantores de sucesso e atores da Rede Globo. A possibilidade de fazer disso um emprego, uma fonte de renda virou algo real. Existem casos de adolescentes que já são independentes financeiramente graças aos canais deles.



Pra mim, enquanto uma pessoa interessada na cultura americana, no estilo de vida deles e no que isso influencia no nosso cotidiano, esse novo jeito de ver televisão me aproxima ainda mais dos exemplos que busco para expor aqui. Tenho total acesso ao dia a dia deles, ao que eles usam, comem, onde gostam de ir, o que pensam, gírias que falam, etc. Com o Youtube, os Estados Unidos, a Europa e até a China estão cada vez mais próximos. A internet permitiu que pessoas com grandes sonhos e zero espaço pudessem ganhar voz e o direito de tentar.


A notícia realmente só não é linda para as emissoras de TV, que estão perdendo seus telespectadores, seus anunciantes e tendo índices de audiência um tanto quanto vergonhosos para os seus padrões. Realmente não consigo prever o futuro da televisão e nem saber até onde vai o limite (se é que ele existe) da internet, do Youtube, do Netflix e de sei lá mais do que ainda vão inventar para revoluncionar a comunicação e o entretenimento! Mas estou esperando para ver!

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